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A Dan​ç​a dos Mortos

by Zeitgeist

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1.
Até o Fim 03:11
Viro os olhos para o fundo da cabeça Como cheguei aqui, como me permiti? Fechei todas as portas que pude Não há caminho para voltar O espelho que grita as coisas de sempre Eu já quebrei mil vezes e eu Sou o azar que continua a me perseguir Sou a raiva que continua a me consumir Sou a estagnação que vai acabar comigo Viro os olhos para o fundo da cabeça Não há mais o que ver Fecho os olhos para o presente O futuro não é mais um caminho O espelho que grita as coisas de sempre Eu já quebrei mil vezes e eu Sou o azar que continua a me perseguir Sou a raiva que continua a me consumir Sou a estagnação que vai acabar comigo
2.
Paranoia 01:27
A porta bate, desespero incomoda Destrói tudo, torna vermelho Mancha meus olhos e Não vejo mais nada Não dá mais, nunca deu Aceitar não é saída E o banal matou outra vez Não dá mais certo se esconder Boca fechada vai ter que engolir Não há vitória nem consolação Não dá mais, nunca deu Aceitar não é saída E o banal matou outra vez
3.
Carne Nossa 00:59
Se posso pensar Posso não matar Escolho sua vida sobre meu prazer Machado sem fio Martelo pesado Cabeça rachada Mais uma morte em vão Sai sangue da sua carne A minha sangra também E a faca que lhe degola Me corta um pouco também
4.
Guilhotina 01:21
Rotina esmaga Morro todo dia Uma vida falsa Vida sem empatia Eu não sei se vou suportar O cansaço vai me matar Rotina, guilhotina
5.
Lanterna 01:55
Queria estar errado Seria mais fácil de sobreviver De insistir no que é certo Meus dentes quebraram de tanto ranger Chato, cansado, disco arranhado Mas sigo Frustrado, irritado, corpo quebrado Mas sigo Escolhi não fugir A raiva é melhor do que nada fazer Já sei onde ir O exemplo é o caminho a percorrer Chato, cansado, disco arranhado Mas sigo Frustrado, irritado, corpo quebrado Mas sigo
6.
Corro para um dia não ter que correr Aqui não há nada que me faça bem Cachorros que sabem o que é viver A música toca e estou fora do tom A dança dos mortos tem que continuar Caio no buraco que eu mesmo cavei O frio nos meus ossos já não passa mais Abandono o mal que tudo já me fez Espero ser eu um dia bom A dança dos mortos tem que continuar
7.
I did my best But it wasn’t enough No matter the effort I’m not good enough Your best is average You lack excellence You’re not good enough Try it again
8.
Seu nacionalismo é uma piada Sua religião é uma piada Anarcocapitalismo é uma piada Sua autodestruição é uma piada Seu separatismo é uma piada Seu orgulho branco é uma piada Sua gratidão é uma piada Seu conservadorismo é uma piada Sua guerra às drogas é uma piada Seu rock cristão é uma piada Seu orgulho macho é uma piada Seu medo de mulher é uma piada E eu odeio você
9.
Prematuro 01:54
O sono me possui Fica e não vai embora Acham que morri cedo Mas que fui tarde demais Levam meu corpo Me levam pra terra Enterram-me, mas não morri O terror me possui Ficarei aqui para sempre Há vermes ao meu redor Deles eu sou o jantar Levam meu corpo Me levam pra terra Enterram-me, mas não morri Ninguém me escuta, estou fundo demais
10.
Ser idiota é o novo hype Papai também quero ser legal Olha só como sou malvado Na internet sou o maioral Retroceder, adiante Adiante, retroceder Me formei doutor no youtube Evoluí pra neandertal Nenhum cientista fala a verdade Sou anarcocapitalista sem capital Retroceder, adiante Adiante, retroceder
11.
Lamber uma bota é o que me faz feliz O cheiro de pólvora me leva ao céu (Quando) Explodo a cabeça de um infeliz E como o escalpo de um infiel Brasil Pátria armada, idolatrada, salve, salve Brasil Fora o índio, fora o negro, fora o pobre Brasil Pátria armada, idolatrada, salve, salve Brasil Meu país, tradição e propriedade O bem é aquilo que eu digo ser Amo para sempre o meu general Sobre mim ele tem todo o poder Vamos para a guerra contra o mal Brasil Pátria armada, idolatrada, salve, salve Brasil Fora o índio, fora o negro, fora o pobre Brasil Pátria armada, idolatrada, salve, salve Brasil Meu país, tradição e propriedade
12.
Como não vê o fundo do poço? Melhor abandonar a lucidez Se quando fecho os olhos Ainda posso ouvir O coro da moral e o horror Da ovelha da vez Se no final nada mudar Daqui pra frente Estamos no fim O vazio que eu sentia já está Fora de mim Paguemos o preço da omissão Seu sangue azul não vai resistir A matar nossa sede E molhar o nosso chão Se no final nada mudar Daqui pra frente Estamos no fim

credits

released August 24, 2019

Gravado por Fabrício Rossini no Estúdio Orí, em Aracaju-SE, em Julho / 2019.
Mixado e masterizado por Fabrício Rossini, em Julho-Agosto / 2019.

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Recorded by Fabrício Rossini at Estúdio Orí, Aracaju-SE, on July / 2019.
Mixed and mastered by Fabrício Rossini, on July-August / 2019.

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Vocal: David Dória
Guitarra / Guitar: David Dória
Baixo / Bass: Paulo Bruno
Bateria / Drums: Matheus Porto
Coros / Choir: Matheus Porto, Paulo Bruno, David Dória, Taís Rocha, Sarah de Oliveira

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Capa / Cover: Canijan Oliveira

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Agradecemos grandemente a todas as pessoas que nos ajudaram e colaboraram de alguma forma com a nossa existência enquanto banda e a gravação desse material. Todo o apoio que recebemos nesse processo ainda mexe com a gente. Esperamos que gostem do resultado tanto quanto a gente gosta e gostou de fazer. Um beijo!
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We thank greatly everyone who helped us and collaborated towards our existence as a band and the making of this album. All the support we received is still overwhelming. We hope you enjoy this as much as we enjoyed making it and enjoy the result. A big kiss!

OBRIGADO / THANK YOU:
Adriano Santana, Afonso Ramalho, Amarílio Carvalho, Canijan Oliveira, Daniela Rodrigues, Estaca Produções, Evandro Prudente, Fabrício Rossini, Ideal, Ivo Delmondes, Jéssika Lima, João Mário, Julico Andrade, Karne Krua, Gabriel Perninha, Renegades of Punk, Sarah de Oliveira, Sheila Caroline, Silvio Campos, Taís Rocha, Thiago Leão e todos e todas que colam nos rolês, dançam, cantam e conversam com a gente.

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Zeitgeist Aracaju, Brazil

Riffs tortos e raiva desde 2014.

Weird riffs and anger since 2014.

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